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Por Jaqueline • Real Seguro Viagem em 04/11/25 às 15:15.

Roteiros e dicas para sua viagem para a Albânia!

A Europa é repleta de destinos clássicos, mas se você está buscando uma aventura autêntica, com paisagens que competem com o Mediterrâneo mais famoso e uma história rica e complexa, a Albânia é o segredo mais bem guardado do continente.


Situado na Península Balcânica, este pequeno país tem emergido rapidamente das sombras de um longo período de isolamento comunista para se tornar um refúgio para viajantes que buscam excelente custo-benefício sem abrir mão da beleza.

Das águas azul-turquesa cristalinas da Riviera Albanesa, muitas vezes apelidada de "Caribe dos Bálcãs", aos picos imponentes dos Alpes Dináricos no norte, passando por cidades históricas tombadas pela UNESCO como Berat e Gjirokaster, a Albânia é um país de contrastes fascinantes.

Este guia completo foi elaborado para desmistificar a viagem à Albânia. Vamos detalhar desde os motivos para visitá-la e o planejamento logístico essencial, até informações sobre as principais atrações.

A sua próxima grande viagem europeia pode estar neste destino! Vamos lá? 

Por que visitar a Albânia?

Krujë é o berço da resistência nacional albanesa, famosa pelo Castelo de Skanderbeg e seu pitoresco Bazar Velho. (Fonte: Canva)


A Albânia, um país que por muito tempo permaneceu isolado no coração dos Bálcãs, emergiu nas últimas décadas como um dos destinos mais fascinantes e com melhor custo-benefício da Europa, atraindo o viajante que busca uma experiência autêntica, longe das multidões dos destinos tradicionais.

O principal apelo para o turista brasileiro é o excelente custo-benefício: comparada a vizinhos como Croácia e Grécia ou à Europa Ocidental, a Albânia oferece preços significativamente mais acessíveis em hospedagem, alimentação e transporte, permitindo maximizar o tempo de viagem sem estourar o orçamento.

Além da vantagem econômica, a Albânia é um país de contrastes geográficos impressionantes. No sul, a aclamada Riviera Albanesa deslumbra com praias paradisíacas e águas azul-turquesa e cristalinas em locais como Ksamil e Dhermi, que competem facilmente com o Mediterrâneo mais famoso.

No norte, os espetaculares Alpes Albaneses (ou "Alpes Amaldiçoados") oferecem paisagens de tirar o fôlego e vales isolados como Theth e Valbona, ideais para o trekking e o ecoturismo.

A rica e complexa história do país é visível em toda parte: vestígios de civilizações antigas e de quase 50 anos de regime comunista se unem em cidades como Berat (a cidade das mil janelas) e Gjirokaster (a cidade de pedra), ambas Patrimônios Mundiais da UNESCO, que servem como testemunhos vivos de sua história.

Em resumo, a Albânia entrega uma combinação perfeita de beleza natural , profundidade histórica e preços amigáveis, garantindo uma viagem inesquecível e extremamente diversificada.

Planejamento: tudo o que você precisa saber antes de ir

Ksamil, o "Caribe dos Bálcãs", encanta com ilhotas acessíveis, águas azul-turquesa e areias claras. (Fonte: Canva)


O planejamento adequado é essencial para desfrutar da Albânia, um destino que, embora acolhedor, exige atenção a detalhes logísticos.

A escolha da época ideal para a visita depende do seu foco: o verão (junho a agosto) é perfeito para a Riviera Albanesa e para o trekking nos Alpes (quando a neve derrete), mas é também o período de maior movimento e preços mais altos.

Para um equilíbrio entre clima agradável e menor aglomeração, a primavera (abril/maio) e o outono (setembro/outubro) são excelentes, sendo setembro particularmente vantajoso, pois o mar ainda está quente.

No que diz respeito à documentação, cidadãos brasileiros desfrutam de isenção de visto para estadias de até 90 dias a cada período de 180 dias.

É obrigatório apresentar um passaporte com validade mínima de três meses após a data prevista de saída da Albânia, sendo altamente recomendável também ter comprovantes de fundos, passagem de volta e reservas de hospedagem para apresentar à imigração, se solicitado.

Em termos de segurança, a Albânia é considerada um destino muito seguro para turistas; a hospitalidade local é marcante e a criminalidade é baixa, limitando-se a furtos leves em áreas movimentadas de Tirana, o que exige apenas a atenção padrão de qualquer metrópole.

O maior desafio pode estar no trânsito e na qualidade das estradas, que requerem cautela ao dirigir. Sobre o idioma, o albanês é a língua oficial, mas você conseguirá se comunicar nas áreas turísticas, principalmente com jovens, utilizando o inglês.

Nas cidades do sul e no litoral, o italiano também é bastante útil. Já em relação à moeda, o Lek Albanês (ALL) é a moeda oficial, e embora o Euro seja aceito em muitos hotéis e restaurantes grandes, você sempre economizará e pagará um preço mais justo utilizando o Lek em pequenos comércios e estabelecimentos locais.

O uso de cartões de crédito e débito é limitado a supermercados, hotéis e restaurantes maiores, portanto, ter dinheiro em espécie é fundamental.

Recomenda-se trocar Euro (ou Dólar) por Lek em casas de câmbio oficiais (Exchange Offices), que geralmente oferecem taxas mais vantajosas do que os bancos e caixas eletrônicos, sendo estes últimos conhecidos por cobrarem taxas de saque elevadas.

Por fim, embora o Seguro Viagem não seja uma exigência formal, sua contratação é crucial, pois a rede pública de saúde pode ser limitada e os custos de assistência médica ou repatriação em clínicas particulares podem ser exorbitantes sem a devida cobertura.

Como chegar e se locomover na Albânia

Alugar carro é ideal para explorar a costa e as montanhas da Albânia com liberdade, mas o ônibus é a opção econômica e aventureira. (Fonte: Canva)


Chegar à Albânia a partir do Brasil requer, inevitavelmente, uma conexão aérea, mas a exploração interna do país oferece uma escolha crucial entre liberdade e economia, com o carro sendo geralmente a opção preferida para a maioria dos viajantes.

Voos do Brasil para a Albânia: principais rotas e companhias

A Albânia é servida pelo Aeroporto Internacional de Tirana (TIA) – Nënë Tereza, o único aeroporto internacional significativo do país.

Não existem voos diretos do Brasil para Tirana. O trajeto é feito por companhias aéreas europeias, exigindo pelo menos uma escala em um hub continental.

As rotas mais comuns e eficientes geralmente incluem paradas em grandes cidades europeias, como Roma (ITA Airways), Frankfurt (Lufthansa), Paris (Air France), Istambul (Turkish Airlines) ou Lisboa (TAP Air Portugal), sendo a conexão via Istambul ou Lisboa frequentemente uma das mais competitivas em termos de preço e tempo.

É importante pesquisar com antecedência, pois as companhias low-cost europeias (como Wizz Air e Ryanair) oferecem muitas rotas baratas de cidades como Milão, Londres ou Budapeste para Tirana, o que pode ser uma estratégia de economia se você já estiver na Europa ou se conseguir uma boa oferta para um desses pontos de conexão.

Transporte interno: alugar carro ou usar ônibus?

A decisão entre alugar um carro e utilizar o transporte público é o ponto de maior debate no planejamento de uma viagem pela Albânia.

Alugar carro é a opção mais recomendada para quem busca flexibilidade e deseja explorar a Riviera Albanesa e as joias históricas isoladas, como Berat e Gjirokaster, no seu próprio ritmo.

A liberdade de parar em praias escondidas e mirantes panorâmicos compensa o desafio de dirigir, que pode ser caótico nas cidades (especialmente em Tirana) e exige atenção nas estradas.

As diárias são razoáveis, e a gasolina é um custo a ser considerado. Por outro lado, o transporte público na Albânia é composto principalmente por ônibus interurbanos e furgons (micro-ônibus ou vans compartilhadas).

Esta opção é significativamente mais barata, mas é também mais aventureira e demorada. As informações de horário e rota online são escassas, desatualizadas ou inexistentes, e muitas vezes você terá que perguntar diretamente nos "terminais" informais (ou seja, praças ou pontos de rua) para descobrir horários e destinos.

É um meio viável para viajantes com tempo e orçamento mais apertados, mas dificulta muito o acesso a atrações fora das rotas principais e praias pequenas.

Se você tem poucos dias ou prioriza o conforto e a autonomia, o carro alugado será seu melhor investimento; se tem mais tempo e quer economizar, o ônibus e o furgon o levarão a todos os principais pontos turísticos.

O que fazer: roteiro pelas principais cidades e atrações

As casas de Berat se amontoam na encosta do rio Osum, ganhando o apelido de "cidade das mil janelas". (Fonte: Canva)


A Albânia é um país de grande diversidade geográfica e cultural. Seu roteiro ideal deve equilibrar a energia da capital, o relaxamento nas praias do sul e a imersão histórica nas cidades-museu, sem esquecer a natureza selvagem do norte.

Tirana: a colorida capital do país

Tirana, a capital albanesa, é o coração pulsante do país, caracterizada por edifícios coloridos que nasceram de uma iniciativa do ex-prefeito para combater a melancolia da era comunista.

O centro da vida urbana é a Praça Skanderbeg, um vasto espaço aberto que abriga o Museu Nacional de História e a Mesquita Et'hem Bey.

Para uma imersão na história recente e sombria da Albânia, a visita ao Bunk'Art 1 e Bunk'Art 2 é obrigatória; estes museus estão localizados em bunkers antiaéreos da era do ditador Enver Hoxha e narram o período de isolamento e repressão do comunismo.

Não deixe de passear pelo bairro de Blloku, antes restrito à elite do regime e hoje o epicentro da vida noturna e dos cafés modernos. Para uma vista panorâmica, suba o Monte Dajti de teleférico (Dajti Ekspres).

Saranda e Ksamil: o "Caribe" dos Bálcãs

Saranda é a porta de entrada e a maior cidade do sul, servindo como uma base excelente. Seu calçadão vibrante (o Lungomare) é ideal para passeios noturnos e jantares de frutos do mar.

De Saranda, a viagem é curta até Ksamil, o destino que mais se assemelha ao Caribe, com pequenas ilhas acessíveis até a nado ou por curtos passeios de barco.

As praias de Ksamil, muitas delas com areia importada e beach clubs organizados, são famosas pelo mar calmo e turquesa.

Perto dali, encontra-se o Parque Nacional de Butrint, um sítio arqueológico da UNESCO que abriga ruínas gregas e romanas notavelmente preservadas.

Outra parada imperdível na região é o Blue Eye (Syri i Kaltër), uma nascente natural de água gelada e de uma cor azul hipnotizante.

Berat: a cidade das mil janelas (Patrimônio UNESCO)

Localizada no centro-sul, Berat é um dos mais belos exemplos de cidades otomanas preservadas no mundo.

Apelidada de "cidade das mil janelas", devido às casas de fachada branca e numerosas janelas que parecem se empilhar nas encostas, Berat é dividida pelo Rio Osum em dois bairros principais: Mangalem e Gorica.

O principal ponto turístico é o Castelo de Berat, que não é apenas uma ruína, mas um bairro inteiro ainda habitado, com igrejas e museus (como o Museu Onufri) em seu interior.

Atravessar a Ponte de Gorica é essencial para apreciar a icônica vista das "mil janelas" de Mangalem.

Gjirokaster: a imponente cidade de pedra (Patrimônio UNESCO)

Gjirokaster, a "cidade de pedra", é outro Patrimônio Mundial da UNESCO e a terra natal do ditador Enver Hoxha.

Caracterizada por sua arquitetura otomana única e telhados de pedra cinza, a cidade está construída em uma encosta íngreme.

O Castelo de Gjirokaster domina o horizonte e é um dos maiores dos Bálcãs, oferecendo vistas espetaculares e abrigando um museu de armas e aeronaves.

Explore o Velho Bazar e visite as casas-museu históricas, como a Casa Zekate, para entender a vida tradicional albanesa e a impressionante engenharia da época. Para uma visão da paranoia comunista, visite o Túnel da Guerra Fria, um bunker subterrâneo construído para a elite do regime.

Alpes Albaneses: trekking e natureza em Theth e Valbona

Para os amantes da natureza e trekking, o norte oferece o seu auge nos Alpes Albaneses (os Bjeshkët e Nemuna).

A experiência clássica é a travessia de um dia entre os vales de Theth e Valbona, uma das trilhas mais espetaculares da Europa, que dura cerca de 6 a 8 horas.

Chegar à região envolve uma balsa panorâmica pelo Lago Komani, frequentemente descrita como um dos passeios de barco mais bonitos do mundo, navegando por fiordes albaneses.

Em Theth, não deixe de visitar o Olho Azul de Theth, uma piscina natural de cor intensa, e a Torre de Isolamento (Kulla e Ngujimit), um símbolo das tradições de vingança de sangue da região (Kanun).

Dicas práticas para sua viagem

Skanderbeg, a estátua equestre do herói nacional, domina a vibrante Praça Central de Tirana. (Fonte: Canva)


Para garantir que sua viagem à Albânia seja o mais fluida e agradável possível, algumas dicas práticas sobre hospedagem, culinária e logística são essenciais.

Onde ficar? As melhores cidades para se hospedar

A escolha do local de hospedagem deve ser estratégica para otimizar seus deslocamentos. Tirana é a base ideal para o início ou fim da viagem, oferecendo a maior variedade de hotéis, hostels e apartamentos modernos.

Para explorar a Riviera Albanesa, a melhor base é Saranda, que oferece excelente infraestrutura de restaurantes e vida noturna, embora cidades menores como Himara ofereçam um charme mais rústico e praias mais tranquilas para quem busca isolamento.

Para vivenciar a história, é recomendável passar pelo menos uma noite nas cidades-museu de Berat e Gjirokaster, hospedando-se em suas casas tradicionais otomanas transformadas em guesthouses charmosas, o que proporciona uma imersão cultural incomparável.

Se sua aventura for nos Alpes Albaneses, você encontrará acomodações simples e acolhedoras (guesthouses familiares) nos vales de Theth e Valbona, onde a comida caseira e a hospitalidade rural são destaques.

Gastronomia: pratos típicos que você precisa experimentar

A culinária albanesa é uma deliciosa fusão de influências mediterrâneas, balcânicas e otomanas.

Não deixe de experimentar o Tavë Kosi, um dos pratos nacionais mais famosos, que consiste em cordeiro assado lentamente em um molho cremoso de iogurte e ovos, gratinado.

A Flija é outro item imperdível, um tipo de torta folhada complexa de preparar, assada camada por camada sobre um sač (uma espécie de chapa côncava).

Para lanches rápidos, experimente o Byrek, uma deliciosa massa folhada recheada com queijo, carne ou espinafre, vendida em padarias por toda parte.

Os albaneses também consomem muita carne de cordeiro e cabra, especialmente nas montanhas. O litoral, por sua vez, oferece frutos do mar frescos a preços muito mais acessíveis que em outras partes da Europa.

Para beber, a bebida nacional é o Raki, um destilado forte de frutas (uva, ameixa ou amora), oferecido como gesto de boas-vindas.

Internet, tomadas e outras dicas úteis

A Albânia possui boa cobertura de internet nas áreas urbanas e turísticas. É muito simples e barato comprar um chip local (cartão SIM) de operadoras como Vodafone ou ALBtelecom no aeroporto ou em lojas de celular nas cidades, garantindo acesso a dados para navegação e GPS.

Em relação à eletricidade, o país utiliza o padrão europeu de tomadas, com dois pinos redondos (Tipo C e Tipo F), operando em 230V e 50Hz.

É essencial, portanto, levar um adaptador universal se seus aparelhos tiverem um padrão diferente (como o brasileiro de três pinos).

Uma dica cultural importante é a hospitalidade: os albaneses são extremamente acolhedores; aceitar um café, Raki ou uma pequena oferenda de comida é um gesto de cortesia.

Esteja atento ao horário de funcionamento dos estabelecimentos, que tendem a ser mais flexíveis do que em outros países europeus, principalmente em cidades menores, e lembre-se de que a gorjeta não é obrigatória, mas é apreciada em restaurantes e serviços de hotelaria.

Compras: o que vale a pena trazer de souvenir?

Para lembranças, os bazares de Gjirokaster e Krujë (o maior e mais famoso) são os melhores lugares.

Vale a pena investir em produtos artesanais como entalhes em madeira, têxteis (tapetes e toalhas bordadas), e peças de prata e cobre no estilo otomano.

O Raki caseiro e o mel de montanha também são souvenirs deliciosos e autênticos. Para os amantes da história comunista, miniaturas dos famosos bunkers que pontilham o país são uma lembrança irônica e característica.

Vale a pena incluir a Albânia no seu roteiro?

Albânia: O tesouro escondido da Europa, onde praias paradisíacas encontram história e economia. Vá antes que o mundo descubra. (Fonte: Canva)


Após explorar a capital, as praias de Ksamil, as imponentes montanhas e as cidades-museu de Berat e Gjirokaster, a resposta é sim: vale muito a pena incluir a Albânia no seu roteiro.

O país oferece uma combinação na Europa de belezas naturais intocadas, história profunda e, crucially, um custo-benefício imbatível para o viajante brasileiro, permitindo uma viagem de alta qualidade com um orçamento muito mais acessível do que na Europa Ocidental ou em vizinhos mediterrâneos.

Embora exija um planejamento logístico ligeiramente mais atento – especialmente em relação à locomoção e ao uso do dinheiro em espécie (Lek) – os desafios são rapidamente recompensados pela autenticidade do destino e pela calorosa hospitalidade do povo albanês.

A Albânia é ideal para quem busca fugir do turismo de massa, mergulhar em uma cultura rica em contrastes e vivenciar a Europa em sua forma mais inexplorada e emocionante.

E lembre que, considerando o prós e contras, e a necessidade de cobertura para eventuais emergências médicas e atrasos logísticos, o Seguro Viagem é um item indispensável para a Albânia.

Embora não seja exigência para a entrada, ele é a garantia de que, em caso de imprevistos de saúde ou problemas com voos e bagagens, você terá assistência sem custos inesperados.

É um pequeno investimento que traz grande tranquilidade para desfrutar plenamente deste tesouro dos Bálcãs. Confira os planos e preços abaixo, e boa viagem!