"Faz anos que viajo e nunca precisei". O que a sua sorte não te conta sobre o seguro viagem
Você é daqueles viajantes experientes, não é? Aquele que já rodou vários países, conhece os atalhos dos principais aeroportos e sabe exatamente o que colocar na mala de mão. E, ao longo de todas essas viagens, nunca precisou de assistência médica, nunca teve problemas sérios, nunca precisou de ajuda.
Por isso, quando alguém menciona seguro viagem, você logo pensa: "Faz anos que viajo e nunca precisei. Por que começar a gastar com isso agora?"
Essa sensação é absolutamente compreensível e até comum entre viajantes recorrentes. Afinal, a experiência traz confiança, e suas viagens anteriores bem-sucedidas funcionam como uma espécie de "comprovação" de que você não precisa desse tipo de proteção.
como aquele amigo que dirige há 20 anos sem bater o carro e acha que o seguro auto é desperdício de dinheiro.
Mas aqui está a questão que este artigo vai abordar de forma clara e objetiva: essa confiança, por mais natural que seja, é uma armadilha psicológica conhecida como viés de confirmação.
Você está usando suas experiências passadas para prever um futuro que, estatisticamente, não funciona dessa maneira. E o problema não é apenas teórico, mas financeiro e emocional. A sorte, por definição, não é garantia de nada.
Este não é um artigo para assustar você ou pintar cenários catastróficos improváveis. É sobre fornecer informações e dados concretos que vão ajudá-lo a tomar uma decisão de planejamento inteligente, baseada em probabilidades reais e não apenas em experiências pessoais. Porque existe uma diferença fundamental entre ter sorte e estar preparado.
As coisas não acontecem "só com os outros"
Quando dizemos "faz anos que viajo e nunca precisei", estamos, na verdade, cometendo um erro de raciocínio bem estudado pela psicologia comportamental. Estamos usando nossa experiência pessoal limitada para justificar decisões futuras, ignorando completamente a probabilidade estatística de eventos acontecerem.
É como jogar uma moeda cinco vezes, cair cara todas as vezes, e concluir que a moeda nunca vai cair coroa. Você teve sorte até agora, mas as probabilidades não mudaram.
E as estatísticas sobre viagens internacionais contam uma história bem diferente da nossa percepção otimista. Segundo dados, 23% dos turistas brasileiros que viajam para o exterior acabam necessitando de algum tipo de assistência médica durante a viagem.
Isso significa que praticamente um em cada quatro viajantes vai precisar de ajuda. Não são números desprezíveis, e certamente não são eventos que "só acontecem com os outros".
O que torna esses números ainda mais relevantes é o tipo de problema que ocorre. A maioria das pessoas imagina que os riscos de viagem envolvem acidentes extremos, atividades radicais ou situações completamente fora do comum.
A realidade é muito mais mundana e, por isso mesmo, mais provável. Dados do setor de seguros mostram que 80% dos acidentes em viagens ocorrem em áreas comuns: hotéis, calçadas, restaurantes, transportes públicos e vias públicas.
Não estamos falando de escalar montanhas no Himalaia ou mergulhar com tubarões. Estamos falando de escorregar no banheiro do hotel, torcer o tornozelo ao descer de uma van turística, sofrer uma intoxicação alimentar naquele restaurante charmoso que você descobriu, ou simplesmente tropeçar em uma calçada irregular enquanto explora uma cidade nova.
E quando olhamos para os tipos específicos de ocorrências, os dados ficam ainda mais reveladores: torções e fraturas representam 45% dos casos de assistência médica em viagens.
São os acidentes mais simples, aqueles que parecem bobos quando contamos depois, mas que na hora geram dor, incapacidade de locomoção e, no exterior, custos financeiros absolutamente estratosféricos.
Pense nisso como um seguro de carro. Você não contrata um seguro porque espera bater o carro, mas porque reconhece que a probabilidade existe e as consequências financeiras de um acidente sem cobertura seriam devastadoras.
O mesmo raciocínio se aplica ao seguro viagem, mas muitos viajantes experientes não fazem essa conexão mental.
A diferença crucial aqui é entender que a sorte não é uma estratégia. Você pode ter tido sorte até agora, mas cada viagem é uma nova exposição ao risco.
E ao contrário do que nosso cérebro nos faz acreditar, as probabilidades não diminuem porque "nunca aconteceu antes". Na verdade, quanto mais você viaja, mais você está estatisticamente exposto a esses eventos.
Quanto custa a sorte? A realidade dos preços no exterior
Vamos falar de números concretos, porque é aqui que a percepção de "economia" ao não contratar o seguro viagem se desfaz completamente quando confrontada com a realidade dos custos médicos internacionais.
Muitos viajantes veem o seguro viagem como um "gasto desnecessário", algo que vai reduzir o orçamento disponível para aproveitar a viagem propriamente dita.
Afinal, são alguns reais por dia que poderiam ir para mais um jantar especial, um passeio extra ou uma lembrança melhor. Essa lógica faz sentido apenas até o momento em que você precisa de atendimento médico no exterior.
Nos Estados Unidos, que é um dos destinos mais procurados por brasileiros, os custos médicos são notoriamente astronômicos.
Uma simples sutura, aqueles pontos que você leva depois de um corte que precisa ser fechado, pode custar entre US$ 5.000 e US$ 10.000. Sim, você leu certo: cinco a dez mil dólares por alguns pontos. Para termos de comparação, isso representa entre R$ 25.000 e R$ 50.000 na cotação atual.
O valor médio de uma internação hospitalar nos Estados Unidos ou Europa ultrapassa facilmente os US$ 7.000. Uma diária hospitalar simples, apenas a ocupação do leito sem contar procedimentos, exames ou medicamentos, pode custar até US$ 7.000 por noite.
Se você precisar de uma cirurgia de emergência, como uma apendicite, os custos podem chegar a US$ 25.000 ou mais. Uma ambulância nos Estados Unidos custa entre US$ 400 e US$ 2.500, apenas pelo transporte.
Agora, vamos fazer a conta que realmente importa: o custo do seguro viagem geralmente representa entre 2% e 8% do valor total da viagem.
Para uma viagem de R$ 15.000, você pagaria entre R$ 300 e R$ 1.200 pelo seguro completo. Esse valor cobre você durante toda a viagem, com assistência 24 horas, atendimento em português e cobertura médica que pode chegar a US$ 100.000 ou mais, dependendo do plano.
Compare isso com os US$ 7.000 de uma internação simples. Uma emergência médica no exterior pode custar facilmente seis vezes o valor total da sua viagem inteira.
E esse é apenas um cenário moderado, não estamos nem falando de situações mais graves que envolvem UTI, cirurgias complexas ou necessidade de repatriação médica.
A ironia cruel da situação é que quanto mais você "economiza" ao não contratar o seguro, maior é o risco de prejuízo catastrófico.
Porque estamos falando de custos que não apenas arruinam o orçamento da viagem, mas podem gerar dívidas que vão impactar sua vida financeira por anos.
E tem mais um detalhe que muita gente não percebe: quando você precisa de atendimento médico no exterior sem seguro, você não tem poder de negociação.
Você não pode escolher não fazer um exame porque está caro, não pode optar por um hospital mais em conta se estiver em uma emergência, e certamente não pode voltar para casa sem pagar a conta. Hospitais internacionais retêm passaportes, exigem pagamento antecipado com cartão de crédito ou até acionam a justiça local para garantir o recebimento.
O seguro viagem não é um gasto. É um investimento em proteção financeira que custa uma fração mínima do orçamento total e evita um prejuízo potencialmente devastador.
É a diferença entre uma viagem que teve um imprevisto resolvido rapidamente e uma viagem que se transformou em um desastre financeiro que vai perseguir você por anos.
A falácia da falsa segurança: "Já estou coberto"
Além do clássico "nunca precisei", existe outro argumento muito comum entre viajantes experientes que reforça a decisão de não contratar seguro viagem: "eu já estou coberto".
Essa percepção de proteção existente é, muitas vezes, baseada em informações incompletas ou mal interpretadas sobre coberturas que, na prática, são insuficientes ou simplesmente inexistentes.
Vamos desconstruir os dois mitos mais comuns que criam essa falsa sensação de segurança.
O mito do cartão de crédito
Muitos cartões de crédito, especialmente os de categorias premium, oferecem seguro viagem como benefício incluído. Isso é verdade e pode ser útil em situações específicas.
O problema é que as pessoas assumem que essa cobertura é equivalente a um seguro viagem completo, quando na realidade ela está repleta de limitações importantes.
Primeiro, as coberturas dos cartões de crédito geralmente são limitadas para despesas médicas. Como vimos na seção anterior, isso é absolutamente insuficiente para qualquer emergência médica minimamente séria nos Estados Unidos ou Europa.
Segundo, essas coberturas possuem requisitos restritivos para serem ativadas. Na maioria dos casos, você precisa ter comprado a passagem aérea integralmente com aquele cartão específico.
Se você usou milhas, dividiu o pagamento entre cartões diferentes, ou comprou a passagem com outro meio de pagamento, a cobertura simplesmente não existe. Muitos viajantes descobrem essa limitação apenas no momento da emergência, quando já é tarde demais.
Terceiro, as coberturas de cartão costumam ser significativamente mais restritas em termos de escopo. Geralmente cobrem apenas emergências médicas básicas, deixando de fora assistências importantes como odontologia de emergência, fisioterapia, cobertura para gestantes, ou assistências não médicas como extravio de bagagem, cancelamento de viagem, retorno antecipado por morte de familiar, entre outras.
A cobertura do cartão de crédito pode funcionar como um complemento ou como proteção básica para viagens muito curtas e de baixo risco. Mas não substitui, nem de longe, um seguro viagem adequado para a maioria dos destinos e perfis de viajantes.
O mito do plano de saúde nacional
Outro mito extremamente perigoso é a crença de que o plano de saúde brasileiro oferece cobertura internacional. A realidade é brutal: segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 92% dos planos de saúde nacionais não oferecem qualquer tipo de cobertura internacional e os planos não são obrigados a custear exames feitos no exterior.
Isso significa que aquele plano de saúde que você paga mensalmente, que cobre consultas, exames e internações aqui no Brasil, simplesmente não funciona quando você está no exterior.
Você pode ter o plano mais completo e caro do mercado brasileiro, e ainda assim estará completamente desprotegido em uma viagem internacional.
Os 8% restantes que oferecem algum tipo de cobertura internacional geralmente o fazem de forma extremamente limitada, com valores baixos, carências específicas, e uma lista restrita de países e hospitais credenciados.
Além disso, muitas dessas coberturas funcionam apenas no modelo de reembolso, o que significa que você precisa pagar do próprio bolso primeiro e depois solicitar a devolução do valor, um processo que pode levar meses.
E tem mais: mesmo em viagens nacionais, seu plano de saúde pode não ser suficiente. Muitos planos têm cobertura regional, funcionando apenas em determinadas cidades ou estados.
Se você está viajando para o Nordeste e seu plano só tem credenciados no Sudeste, você pode se ver em uma situação complicada.
O seguro viagem nacional existe exatamente para cobrir essas lacunas. E além da cobertura médica, ele inclui assistências que seu plano de saúde nunca vai cobrir: extravio de bagagem, cancelamento de passagens, atraso de voo, assistência jurídica, entre outras situações que podem acontecer em qualquer viagem, independentemente do destino.
A falsa sensação de segurança criada pela "cobertura do cartão" ou pelo "meu plano de saúde" leva muitos viajantes experientes a tomarem decisões baseadas em proteções que, na prática, são incompletas, insuficientes ou inexistentes. E o resultado é sempre o mesmo: descobrir a verdade no pior momento possível, quando você já está no exterior, precisando de ajuda, e percebe que não está coberto.
A diferença entre sorte e planejamento inteligente
Chegamos ao ponto central desta discussão, e ele não tem nada a ver com medo, exagero ou tentar convencê-lo de que toda viagem será um desastre. Tem a ver com uma distinção fundamental que separa o viajante experiente do viajante verdadeiramente preparado: reconhecer que sorte não é uma estratégia, mas planejamento é.
Você viajou anos sem problemas? Fantástico. Isso demonstra que você sabe planejar roteiros, escolher destinos, se adaptar a culturas diferentes e lidar com os desafios normais de uma viagem.
Mas sua experiência passada, por mais positiva que seja, não altera as probabilidades estatísticas do futuro. Cada viagem é uma nova exposição ao risco.
Pense em qualquer outro aspecto da sua vida em que você se protege sem esperar que o pior aconteça. Você tem seguro de carro esperando bater? Tem seguro residencial esperando que sua casa pegue fogo? Tem um extintor em casa porque acha que vai precisar usar?
Claro que não. Você se protege porque reconhece que o risco existe, mesmo que seja improvável, e porque as consequências de não estar preparado seriam devastadoras.
O seguro viagem funciona exatamente com a mesma lógica. Não é sobre acreditar que algo vai dar errado. É sobre reconhecer que imprevistos fazem parte da vida e que, quando eles acontecem no exterior, as consequências financeiras e emocionais são exponencialmente maiores do que aqui no Brasil.
A verdade é que o seguro viagem permite que você viaje com tranquilidade verdadeira. Aquela tranquilidade que vem não de torcer para que nada aconteça, mas de saber que se algo acontecer, você está preparado.
É a diferença entre passar a viagem inteira com um peso inconsciente na cabeça, e poder aproveitar cada momento sabendo que você tomou a decisão inteligente.
Viajantes experientes não são aqueles que confiam cegamente na sorte. São aqueles que entendem os riscos, avaliam as probabilidades, tomam decisões baseadas em informação e não em otimismo ingênuo, e planejam suas viagens de forma completa, incluindo a proteção adequada.
Sua experiência de anos viajando sem problemas não garante o futuro. Mas um bom seguro viagem garante que, se o inesperado acontecer, você terá a assistência necessária para resolver a situação rapidamente, sem comprometer sua saúde, seu orçamento, ou a memória daquela viagem que deveria ter sido incrível.
Não conte com a sorte. Conte com um planejamento inteligente.
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Afinal, você merece viajar com a tranquilidade de quem está verdadeiramente preparado, não apenas confiando que vai dar tudo certo porque sempre deu.
Porque uma hora, as probabilidades alcançam todo mundo. E quando isso acontecer, você vai querer estar do lado certo dessa estatística.