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Por Antonia Beatriz Pires • Real Seguro Viagem em 21/08/25 às 10:11.

O que fazer em Diamantina, Minas Gerais (Crônica-Guia)

Como falar de Diamantina sem pensar no caminho até ela? Antes mesmo de chegar, a viagem já carregava a sensação de que seria especial.

O convite veio da Laura, em um desses gestos que parecem saídos de um envelope selado, e eu aceitei porque sabia: atravessar aquelas serras faria sentido também para minha pesquisa. É sobre acreditar em quem incentiva a vivência, e é da vivência que nasce a escrevivência.

Te convido a imergir nesse roteiro organico! (Imagem | Arquivo)

Onde fica e como chegar em Diamantina-MG?

Diamantina é uma cidade histórica localizada no interior de Minas Gerais, na região do Vale do Jequitinhonha. Fica a aproximadamente 300 km de Belo Horizonte, capital do estado, e é um dos destinos mais famosos da Estrada Real. O acesso pode ser feito de carro ou ônibus pela BR-259, passando por Curvelo

De Viçosa até Diamantina, foram quase oito horas de estrada. Saímos à meia-noite, rumo a Belo Horizonte, para chegar às quatro da manhã e de lá seguir viagem por mais cinco horas. É um percurso longo, mas que já vai abrindo a paisagem do Vale do Jequitinhonha.

Para quem vem de cidades maiores, a logística é mais simples; de cidades como a minha, é preciso planejar bem. O ônibus que faz a linha BH–Diamantina é da Viação Pássaro Verde, mas também há opções de carona por aplicativos como o BlaBlaCar.

Uma dica para quem viaja sozinha: priorize motoristas bem avaliados e, se possível, prefira viagens com outras mulheres, segurança também é parte da experiência.

Quando finalmente chegamos, me deparei com uma rodoviária que parecia cena de novela de época. O prédio lembrava uma antiga estação de trem: simples, com bancos de madeira, mas cheio de história. Ali mesmo pegamos um táxi até a Pousada da Dona Dazinha, a poucos minutos dali.

Dica: além dos táxis disponíveis na rodoviária, você pode usar o app local Bibimob. Recomendo o motorista Magno, Telefone: (31) 98831-2263, que nos atendeu super bem e ficou à disposição nos dias seguintes.

A pousada foi um encontro à parte. Um casarão antigo, com piso de madeira que rangia baixinho a cada passo e uma sala de jantar com móveis de outra época. Os objetos me atravessaram como memória: o ferro de passar de carvão, a máquina de costura de roda, fotografias de família.

Tudo me levou de volta aos finais de semana no sítio onde meus avós eram caseiros, quando eu explorava a casa em busca desses pequenos tesouros. Fui recebida com gentileza, e ali já entendi: Diamantina é feita de acolhimento.

Onde se hospedar em Diamantina-MG?

Pousada da Dona Dazinha, Rua Direita, 131, centro histórico de Diamantina. Banheiros coletivos, mas muito limpos e organizados. Ótimo custo-benefício para quem quer ficar no coração da cidade, perto de igrejas, museus e do movimento cultural.

Do casarão até o centro histórico é uma caminhada curta, menos de dois minutos até o arco da Rua da Quitanda. Chegamos com fome e encontramos uma rua boêmia, cheia de bares e restaurantes, mesas na calçada e aquele clima de cidade que respira música. 

Foi ali que comemos um simples macarrão à bolonhesa, e digo simples apenas no prato, porque no corpo ele tinha gosto de combustível, daqueles que te dão força para se lançar na cidade.

A Vesperata

E foi caminhando pela Rua da Quitanda que ouvi falar, pela primeira vez ali, de uma tradição que é puro coração de Diamantina: a Vesperata. Não é um concerto qualquer. É uma serenata às avessas, o público fica nas ruas, e os músicos ocupam as sacadas dos casarões coloniais. Quando anoitece, as janelas se iluminam e dali ecoam sopros, cordas e vozes, como se a própria cidade fosse a caixa de ressonância.

Sentar-se numa mesa, no meio da rua, comendo e bebendo enquanto a música desce das janelas é uma experiência difícil de explicar. É um encontro entre o erudito e o popular, entre o passado e o presente, que faz a gente sentir que está participando de algo maior que um espetáculo: é patrimônio vivo.

Dica cultural: a Vesperata acontece sempre aos sábados, entre abril e outubro, quando as chuvas dão trégua e a cidade recebe visitantes do Brasil inteiro. 

É um evento gratuito, mas quem quiser se sentar nas mesas da Rua da Quitanda precisa reservar com antecedência, o valor na data de publicação deste artigo é de R$160 por mesa para quatro pessoas. As entradas são vendidas pelo site oficial. Caso não queira pagar, dá para assistir de graça das escadarias ou calçadas, e a energia é a mesma.

Hoje, a Vesperata é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, premiada pelo Ministério do Turismo pela sua importância para a sustentabilidade cultural de Diamantina. Mas, mais do que títulos, é o arrepio que fica: os maestros regendo com intensidade, a rua inteira em silêncio que de repente explode em aplausos, e o frio da serra que se aquece na música.

Agenda 2025: agosto – dias 02, 16 e 30 | setembro – dias 13, 20 e 27 | outubro – dias 04 e 11.

  • Para mais informações: site oficial.
  • Onde comer em Diamantina

    Do casarão até o centro histórico é uma caminhada curta, menos de dois minutos até o arco da Rua da Quitanda. Chegamos com fome e encontramos uma rua boêmia, cheia de bares e restaurantes, mesas na calçada e aquele clima de cidade que respira música.

    Depois do almoço, voltamos para a pousada para trabalhar, descansar e pensar nas próximas horas do dia. Entre o almoço e a atividade do Festivale, sobrou espaço para um café da tarde e escolhemos a Cafeteria Mineira. A escolha foi perfeita: pão na chapa com queijo minas, pingado e o bolo de milho verde por R$7,50, uma delícia que aqueceu meu coração e vale a visita!

    O melhor e inesquecível bolo de milho verde (imagem: Arquivo pessoal)

    Além disso, no centro histórico, há o Mercadão, com tropeiro, pastel de angu e outras delícias típicas mineiras. O segredo para viver a cidade é descentralizar: conversar com moradores e explorar além do óbvio. Foi assim que conheci a Maura, moradora local, que indicou o Barzé, com a melhor feijoada ao ar livre. 

    Confiei, fui e vivi a melhor experiência. Além disso, caso precise de costura, indico o ateliê de costura da Maura que fez a melhor indicação gastronomica. Ela sabe tecer retalhos afetivos
    Ateliê da Maura, Rua do Ouro, 59, centro de Diamantina.

    O que fazer em Diamantina- MG

    Conehcer Diamantina é, sem dúvida alguma, uma experiência de vida memorável. A cidade é bem receptiva, cheia de cultura e natureza. Patrimônio Cultural da Humanidade, o destino preserva ruas de pedra, as igrejas barrocas, casarões coloniais e, ao mesmo tempo, oferece cenários naturais, como o Parque Estadual do Biribiri e suas cachoeiras. 

    Aqui, cada caminhada pelo centro histórico ou trilha pela região revela um pouco mais da riqueza que faz de Diamantina um dos lugares mais apaixonantes (na minha opinião) de Minas Gerais.

    Beco da Tecla, Diamantina - MG

    O Beco da Tecla liga o Largo da Quitanda à Praça Barão de Guacuí, mais conhecida como Praça do Mercado Velho. Aqui se encontram lojas de artesanato, livraria, bares, restaurantes e cafeterias, e por ligar dois pontos movimentados da cidade, é um dos becos mais conhecidos.

    Nos domingos de manhã acontece o famoso Café no Beco, quando músicos se reúnem para tocar enquanto moradores e turistas aproveitam barraquinhas com delícias típicas. É uma experiência única e acolhedora, embalando a manhã com música ao vivo.

    Igrejas em Diamantina

    Vivências e segurança na viagem

    Visitar Diamantina foi mais do que conhecer igrejas, becos ou cafés. Foi vivenciar a cidade, conhecer pessoas e sentir sua história presentes nas ruas. O desejo de voltar e explorar mais permanece no coração. Em breve, contarei sobre o Festivale, uma experiência única que merece artigo próprio.

    Viajar também é cuidar da própria segurança. Quando penso em proteção, penso na Real Seguro Viagem, que garante tranquilidade durante a viagem, mesmo em destinos nacionais com ótimo custo-benefício como Diamantina. Um investimento pequeno que faz toda a diferença para aproveitar cada detalhe sem preocupações.

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